domingo, 31 de agosto de 2008

As mãos dadas formam Ms na rua.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008


quinta-feira, 28 de agosto de 2008



Quanto mais vivo mais me dou conta que é preciso demorar para ficar. Não é atraso, é demora. Sei que aqui não vou estar sempre a tempo. Estarei, se esse tempo for o meu. Estou cansada e creio que é dessa correria, dessa pressa que me ocupa e nada mais. Dessa pressa que não deixa permanecer.


Os bancos comungam costas com costas. Se falam, quase se tocam. Não, tocam. E constroem linhas ao lado de outras, por sentar. Desenham-se à espera. Do vazio saem e a ele regressam. Assistem à partida dos que acolhem. Sem lágrimas, por se saberem suporte. Aceitam todos os que se lhe entregam, adoptando os seus moldes. Arrecadando vida das vidas, cedendo às histórias. Plantam-se, afundam-se com o sopro das luzes. E reflectem no chão que pisam, resignados na sua imobilidade. Contrapõem-se em parelhas apoiando-se mutuamente, partilhando forças. A música que ouvem é a que temos de sobra.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

As curiosidades constroem-se no ensarilhar dos caminhos. Envolvemo-nos nos seus nós e aprendemos atentos o seu desfazer. Atamos e desatamos conversas a fio. Fluem com o enrolar das letras e do tom que lhes conferimos. Tecemos indumentárias coloridas e tão diversas que só alguns as ousam vestir. Ás vezes malhamos a mesma palavra de cores diferentes. Outras com o mesmo fio. Há quem teça sorrisos e se torne sisudo por cansaço. Escorrem-lhe entre os dedos e entrançam-se para se oferecer.